quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Filmes que deram origem a livros

Parece estranho não? Geralmente ocorre o contrário, um livro é tão legal que algum diretor se aventura a fazer um filme baseado nele. Sempre aquela coisa resumida não é,até porque são meios de comunicação diferentes e cada um tem suas características. O filme é uma forma mais amigável de conhecer a obra de um determinado autor para uma(infelizmente) grande maioria de pessoas que vão ao cinema ou alugam filmes,mas não tem um hábito cotidiano de leitura. Já para quem leu o livro,muitas vezes o filme vem a ser uma decepção ou, se o diretor for muito bom, um "quase outro" produto que faz referência à obra de um autor. Não sou crítico de cinema e por isto corro grande risco em dar minha modesta opinião sobre o assunto,mas não é sobre cinema que gostaria de falar neste post. É sobre a oportunidade que um filme de sucesso pode dar a quem o assiste, de conhecer mais sobre como tudo foi feito.Isto se torna possível através da leitura de um livro sobre o filme. Não são poucos os livros que foram gerados a partir de filmes. Tenho na biblioteca alguns em mãos: "Chinatown" de Michael Eaton, "Napoleão" de Nelly Kaplan,"O sétimo selo" de Melvin Bragg, "Matar ou morrer" do Phillip Drummond, "Rocco e seus irmãos" de Sam Rohdie" e "No tempo das diligências" de Edward Buscombe.(São livros da Rocco) Não os li,mas, numa passada de olhos dessas que é permitida a este modesto barqueiro da informação, vi que estes livros contam peculiaridades sobre os filmes e como eles foram concebidos.
Então, seja você ou não da área de cinema, espero ter aguçado a sua vontade de ler sobre filmes.

Rudi Santos
Bibliotecário e otimísta

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Um filme que nos impulsiona à leitura de um livro...ja viram?

Pois é, nunca havia pensado que um filme poderia me induzir a querer conhecer mais sobre um personagem. Então vamos ver se você sabe de que livro estou falando:
1-Ele é Brasileiro
2-Começa o livro e o filme tentando aprender a tocar violão...
3-Ama o Brasil mais do que tudo na vida

Já descobriu?
Não?
5-É um funcionário publico e tem o título de Major
?
Ainda não?
6-Tem uma biblioteca e adora ler tudo sobre o Brasil
7-Sugeriu á camara dos deputados que a língua oficial brasileira deveria ser o tupi...
Bom, agora acho que você já sabe...

Triste fim de Policarpo Quaresma, um filme de um personagem apaixonante e apaixonado pelo Brasil e pelas pessoas.

Eu nunca tinha lido o livro apesar de ele já estar em minha estante fazia um tempo,tinha até poeira. Mas estou no início dele e estou gostando muito.

Então, segue por ai,quando um filme for muito legal lembre-se que o livro é mais ainda e contém muito mais detalhes.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Estudando línguas na biblioteca


Quem disse que para estudar inglês, espanhol ou qualquer outra língua você precisa pagar uma escola cara?
Para aprender uma língua você precisa:

1-Ter muita vontade de aprender.
2-Se cercar de materiais de estudo que indiquem um norte e que te dêem subsídio.
3-Ter uma rotina de estudos que te proporcione um ganho diário ou semanal de conhecimento.
4-Se possível, mas isto não é obrigatório, ter um orientador que te mostre horizontes.
5-Ter metas de aprendizado e checar se e como você está caminhando


1-Vontade de crescer e aprender- Nisto a biblioteca não pode te ajudar. A vontade deve partir de você e o resto virá.

2-Materiais de estudo:

Sites da internet:
Hoje a internet tem muitos recursos que auxiliam no aprendizado autônomo. Uma dica é o site "www.livemocha.com" mas tem muitos outros sites que tem algum material de estudo. Como sempre o problema da internet é que apesar de ter o poder de te ajudar a chagar a um objetivo, ela também pode te dispersar. Então, use com moderação. Tente utilizar vídeos ou audios que auxiliem na pronuncia e no aprendizado, mas evite ficar só nisto.

Métodos:
Encontre um método que comece com coisas básicas e vá mudando para coisas mais consistentes conforme passam as lições. Teste sempre o que aprendeu fazendo as lições requeridas pelo método.

Livros infantis:
Leia livros infantís na lingua a ser aprendida e aos poucos, passe para livros infanto-juvenis, até poder ler romances.Isto ajuda muito na obtenção vocabulário, frases, expressões idiomáticas e com o tempo a compreensão melhora muito e você consegue até arriscar uma conversação com alguém por estar mais seguro.

Músicas:
Pegue na internet a tradução e a letra das músicas que você gosta e utilize este material para estudo.Assim você aprende gírias e modos diferentes de falar as coisas que são peculiares a cada língua, nacionalidade ou grupo social.

3-Rotina de estudos
Se você quer mesmo aprender uma língua tem que reservar um tempo todos os dias para balançar os neurônios e capturar mais conhecimento sobre ela. Tire, nem que seja 30 minutos do seu dia para aprender qualquer coisa sobre a língua. É claro que se o aprendizado for direcionado por um método, você chega mais rápido ao seu objetivo.
Não se afobe diante do tudo que você ainda não sabe, mas fique feliz a cada pequena frase ou palavra que realmente aprender para não mais esquecer. O que é realmente seu é o que você aprendeu, portanto a cada vez que você aprende, uma palavra que sejam, você fica mais rico, tem posse de mais conhecimentos.

4-se você tiver alguém para te orientar em como escolher o material de estudos ou conferir seus exercícios, tanto melhor. Mas o importante é que você saiba o quanto está aprendendo e se a velocidade do seu aprendizado é a que você deseja.

5-Ter metas de aprendizado é importante para você continuar se aprofundando e não ficar patinando sempre na mesma coisa que já aprendeu. Se a sua meta for "ter uma conversação com um nativo da língua em seis meses" e você tiver como testar isto e vir que ainda te falta muito vocabulário, isto vai ser de grande ajuda.


Em suma, use sua biblioteca e outras como a do Centro Cultural de São Paulo, que aliás tem um material muito bom de áudio e vídeo para parendizado de línguas. Não deixe este recurso passar em branco, os materiais estão na biblioteca e, mesmo que você puder ir a uma escola você ainda vai ter que ir pro ralo com o material didático do curso. Então porque não ir direto ao assunto, pegue o material e estude mostrando a você mesmo que, só não aprende hoje em dia quem não tem acesso aos materiais de cultura, e não é o seu caso.

abraço a todos
Rudi Santos

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Lendo o Auto de fé do Elias Canetti

Não tinha idéia de que o livro ia falar sobre um cara fissurado em livros.
Quando não tinha Livros físicos com os quais ele poderia conversar, Kien carregava uma "biblioteca de emergência" em sua cabeça. Todas as noites no hotel onde ele ia dormir por ter sido expulso pela esposa de sua propria casa, ele descarregava os livros que carregava na mente, não antes , é claro de forrar todo o chão com papel de embrulho para não sujar os livros. Maior viagem este livro, mas, segundo algumas resenhas que li, diz respeito a incomunicabilidade das pessoas. Se você ler vai notar que por mais que as pessoas falem umas com as outras, é como se elas não existissem uma para a outra e ao fim, cada uma fazia o que bem queria. O resultado é o pior possível, solidão, egoísmo, desprezo pela opinião do outro, inveja, cobiça e por ai vai. Quer embarcar numa aventura com um bibliotecário louco, um anão ladrão, uma quarentona obesa de saia azul e um zelador brucutu? Então leia Auto de fé de Elias Canetti:





Ao ver o zelo de Kien com os livros me lembro de um homem que me viu trabalhando na biblioteca da fazenda Pinhal em São Carlos e conversou um pouco comigo sobre sua propria biblioteca. Ele tinha na cabeça sua propria classificação, não queria que eu colocasse na ordem de assuntos da classificação decimal de Dewey ou algo assim. Sua esposa, porém não conseguia encontrar nada do que queria ou quase nada na biblioteca de 20000 volumes. Ele disse-me que tinha medo que qualquer pessoa mexesse em sua biblioteca porque ele nunca mais encontraria os livros de sua predileção. Eu garanti que meu trabalho é justamente fazer as pessoas acharem os livros e que haviam várias formas de trabalhar que inclusive ele podia congelar a localização dos livros pois seriam encontrados via sistema informatizado. Bom, não teve o que convencesse a este homem a me contratar para organizar sua biblioteca. Não creio que não tivesse dinheiro para pagar pelo meu trabalho, mas sim que ele não suportava a idéia de ver alguém mexendo nos seus amados livros. O nome desse homem é Luis Carlos Bresser Pereira. Talvez soe familiar…rss

Feliz ano velho: como um ato inconsequente de um adolescente pode mudar uma vida inteira


Sim, um bom livro apesar dos palavrões que contém. Mas foi o primeiro livro do cara, pense nisto e dê um desconto. Só que se você se aventurar a ler este livro, vai descobrir um estilo inconfundível de um cara que era escritor e não sabia. Quem sabe você mesmo passe a escrever depois de ler este livro. Você se contamina com o estilo e a vontade de colocar sua vida no papel para mostrar para o mundo que o que tem dentro de você interessa e muito a todos.Fica a recomendação.No link abaixo uma resenha legal.Ele escreveu também "Blackout" e se você também ler vai notar que há um estilo próprio que o escritor Marcelo Rubens Paiva criou e que lendo seus livros você acaba gostando e até reconhecendo em qualquer texto que ele escreva. Leia mais na resenha e empreste djaaa.........

Copie este link no seu navegador e leia a resenha: http://babilorentz.com/?p=1640

A leitura deve ser um hábito mais do que uma necessidade, então leia um pouco por dia e sempre.

Rudi Santos
Bibliotecário e otimista

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Tesouros do VHS



Não sei se notaram que tem muitas fitas de vhs na biblioteca. Tem várias coisas legais de assistir. Por exemplo, uma coleção da "Isto É" só com filmes brasileiros na qual você pode assistir Tieta do Agreste, O Judeu, O cangaceiro, Terra estrangeira, O corpo, Ação entre amigos, Sábado, Amor e cia etc... São filmes brasileirissimos e premiados. Ruben Ewald Filho Comenta no inicio sob as condições em que o filme foi realizado, os premios que ganhou, os atores principais e etc. Então para quem quer saber mais sobre o cinema brasileiro esta coleção é bem legal. Também tem documentários sobre várias temáticas como preconceito racial, Mal de Alzheimer, Preconceito GNT e outras. Filmes holiwoodianos, brasileiros, institucionais, sobre cultura...poxa, tem muita coisa mesmo. O problema é que ninguém mais tem o aparelho de vhs em casa. Uma solução para o usuário que quiser assistir qualquer VHS é combinar um horário e assistir o filme aqui mesmo na biblioteca. Se você ainda tiver VHS em sua casa, vc pode emprestar e levar, olha que legal!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Finalidade do blog


Criar uma ponte entre o usuário e a informação é sempre um desafio para qualquer mediador, seja educador ou bibliotecário. O brasileiro em geral, quando se refere a leitura, é como o coelho do relógio em "Alice no país das maravilhas", sempre olhando o relógio. "Não tenho tempo"(tradução: não acho que a leitura seja uma prioridade em minha vida). Conversando com os alunos do Instituto CRIAR notei que vários deles já leram vários livros(inclusive uma edição enorme dos Lusíadas...fiquei impressionado por uma aluna ter me dito que leu os Lusíadas, uma leitura intrincada e de palavreado difícil.) Estes alunos deixam isto evidente pelo linguajar, pelo nível intelectual do diálogo que apresentam e pela argumentação mais concisa e a opinião formada sobre várias coisas. O resultado na formação daqueles que leram mais, deixa bem claro que a leitura faz muita diferença.
Mas como capturar mais leitores? Como colocar na vida de pessoas que fogem da leitura um habito diário e saudável de leitura? Esta é a pergunta que constantemente tem que se fazer o mediador que queira ajudar a transformar vidas.
Eu cá tenho meus métodos de armar minha teia de aranha e pegar quem passa pela biblioteca. Mas, sempre que trabalho em qualquer instituição creio que o mundinho da biblioteca é pequeno, o território é limitado e temos que capturar leitores fora dela. Nas salas de aula, nas mesas do pateo, nos bancos das áreas de lazer, no refeitório, na portaria, nas salas da administração, em todos estes lugares é possível realizar ações, pequenas e sutis, mas não tímidas, que capturem de alguma forma um novo leitor para a teia da leitura. Podemos sempre começar com nosso próprio exemplo. Talvez chegando 10 minutos mais cedo e sentando para ler em uma área da instituição onde possamos ser vistos. Parece pouco, mas 10 a 20 minutos de leitura por dia fazem uma grande diferença no numero de livros que podemos ler durante o ano. Para alguns, estes dez minutos pode até significar uma oportunidade única de parar para ler durante o dia. Nosso dia é tão cheio de imprevistos e correrias. Temos que lembrar de tantas coisas e muitas vezes esquecemos da leitura. então, Neste espaço, venho convidar aos alunos,professores, funcionários e prestadores de serviço que leiam mais, que tirem alguns minutos do almoço ou durante a rotina de trabalho para ler.
Espero ao menos ter alguns poucos aliados a princípio, mas isto pode crescer. Ví um exemplo de uma escola que instituiu os 15 minutos da leitura. Havia um sinal, e todos sabiam, por 15 minutos cada um pegava seu livro predileto e lia. A leitura é sempre um convite, como disse Daniel Pennac, o verbo ler é como o verbo amar, não se pode obrigar ninguém a amar. O amor tem que nascer de dentro e tomar conta da pessoa. Da mesma forma a leitura não pode ser obrigatória, mas tem que partir de uma necessidade visceral de adquirir conhecimento, vocabulário e de crescer pessoalmente.

Rudi Santos
Bibliotecário por vocação, otimista por opção!